Já imaginou encontrar o investidor para o seu projeto no elevador, e ter apenas 30s para apresentar sua ideia inovadora? Mas na hora H você trava e não consegue construir um pitch, se você não quer que isso acontecá com você, veja o que é Pitch de Elevador.
Agora, vamos falar de uma outra categoria de Pitch muito popular no mundo dos eventos de empreendedorismo e que está relacionado à apresentação rápida do seu negócio com o objetivo de despertar o interesse no seu produto ou serviço.
De acordo com o tempo disponibilizado, o seu Pitch pode ser direcionado tanto para investidores, em rodadas de investimentos, quanto para a prospecção de novos clientes. Ao longo desse post, vamos mostrar como construir o Pitch perfeito, como objetivo de mostrar a sua audiência a viabilidade e potencialidade de sucesso do seu negócio.
Para o universo “Startupês”, o Pitch pode ser um termo muito comum e conhecido, mas, talvez para quem está se introduzindo agora neste universo. Então, vamos iniciar essa discussão com uma pergunta simples:
Afinal, o que seria um Pitch?
Fonte: https://business.tutsplus.com/series/how-to-make-great-pitch-decks-startup-presentation-guide–cms-1309
Definição de Pitch
De acordo com o SEBRAE, o “Pitch é a técnica mais utilizada para apresentar um negócio ou uma ideia de negócio inovador, para qualquer público, em uma fala concisa que pode variar de 30 segundos até 20 minutos”, e por meio dele que atenção é atraída e portas são abertas por investidores para o crescimento do seu negócio.
A apresentação do seu Pitch é varável de acordo como tempo, a circunstância e o seu objetivo. Por exemplo, pode durar 30 segundos, quando se de um Pitch Elevador, até 20 minutos, na procura por parceiros de investimento.
Nesse sentido, é muito importante saber falar sobre sua ideia e/ou produto de forma direta, rápida, estruturada e eficiente, para que, rapidamente, convença (e encante) os investidores a investir na sua proposta. Tem até mesmo aquela história da importância em saber reunir numa única frase o que é seu negócio, de uma forma que fique claro enxergar seu produto, sem falar explicitamente o que ele é.
O que não pode faltar no seu Pitch de negócios
De forma resumida, quando falamos em pitch de negócios, comumente o mais usado em programas de investimento e aceleração, devemos envolver uma série de informações essenciais para avaliar a escalabilidade do seu negócio. Assim, além de uma apresentação clara sobre o problema e solução que guia o seu negócio, trazer informações sobre o seu modelo de negócio, tamanho do seu mercado, quem são seus concorrentes, qual as suas projeções e, não menos importante, quem é a equipe envolvida.
Então lembre-se, é importante ter na ponta da língua o que é seu negócio, quais são suas metas, colocar com paixão e envolver a banca de investidores com sua história.
Saiba como envolver o storytelling no seu pitch
Para elaborar um Pitch de sucesso, é quase imprescindível aplicar as técnicas do storytelling. Lembre-se que você quer construir um vínculo com seu público, conquistá-lo e utilizar da empatia para manter o público continuamente interessado. Assim, contar uma história vai permitir que você que envolva quem estiver ouvindo, deixando claro qual é dor do mercado que você deseja sanar com a solução.
Para saber mais sobre o poder de uma história bem contada, envolvente, encantadora e convincente por meio da utilização das técnicas do Storytelling, acesse nosso post do Hackmed Blog aqui.
Fonte: https://www.vestbee.com/blog/articles/a-bunch-of-tips-on-pitching-your-startup-to-investors
Passo-a-passo para estruturar seu Pitch de negócios
Para a apresentação do seu Pitch, o ideal é ser o mais objetivo e simples possível. Para que todos consigam entender o problema que você está atacando e qual a solução proposta.
Para ajudar na apresentação objetiva do seu negócio, não esquecer informações essenciais e evitar dúvidas no seu público, há uma sugestão de estrutura de Pitch Deck que é muito utilizada. Vamos destrinchar sobre essa estrutura mas lembre-se sempre que você pode inovar e utilizar outros modelos quando quiser.
A) Chame atenção do público desde o início
O primeiro momento da fala serve para chamar a atenção do público e dar o toque do que você vai apresentar.
Uma frase de efeito, daquelas que encantam e mostram bem a missão da empresa. Você também pode criar sua própria identidade visual na apresentação. Lembre-se apenas de utilizar uma linguagem visual coesa.
Lembre-se que a primeira impressão é a que fica.
B) Foco do problema
Agora é o momento de se aprofundar no problema que você pesquisou e que você tem paixão por resolver. Deixe claro que seu problema é real.
“Não existe nada mais inútil do que fazer de forma muito eficiente o que nunca deveria ter sido feito” – Peter Drucker
A grande dica é tentar ao máximo responder a essas perguntas:
- Qual problema você está resolvendo para seus clientes?
- Em que resulta a dor?
- Você pode fazer com que as pessoas possam se identificar com aquela dor?
- Quantas pessoas precisam resolver esse problema?
- Você validou que as pessoas vão pagar para tê-lo resolvido?
Em suma, responda qual o problema ou necessidade que o seu negócio resolve, e, muito importante, quem sofre desse problema – aqui é muito interessante utilizar as técnicas do Storytelling já mencionadas anteriormente.
Além disso, não se esquece de revelar a magnitude desse problema, expressando o potencial do negócio. Fique a vontade para utilizar dados quantitativos e qualitativos, sempre referenciando a sua fonte e verificando se ela é confiável.
C) A solução
Vamos agora mostrar, sucintamente, como a sua solução vai atacar o problema em questão.
Agora é hora de expor a solução proposta, de forma que fique claro para o ouvinte o que você está tentando passar. Aqui, é preciso que você elucide qual a proposta de valor que a sua solução proporciona para os diferentes stakeholders envolvidos, como a sua solução funciona e como a sua solução é capaz de curar aquela dor que você discutiu anteriormente.
Mostre quais os benefícios que o seu cliente terá utilizando a sua solução, quais features e quais funcionalidades ele pode encontrar.
Use e abuse de imagens, diagramas e, se possível, uma demonstração rápida de como sua solução funciona
Algumas dicas para você definir o problema:
- O mais simples possível: como funciona?
- O que seu produto faz pelos clientes?
- O que seus clientes podem fazer como resultado do seu produto?
- Que oportunidades você oferece para as pessoas de modo que a sua solução seja mais rápidas, mais econômico, mais eficiente, mais feliz, mais seguro?
- Como você testou isso com os clientes? (Certifique-se de não deixar o produto dominar o tom).
Agora, algumas dicas para você demonstrar seu MVP ou Demo do seu produto:
- Demonstração ao vivo? (sempre arriscado, mas poderoso se funcionar…)
- Um filme de fluxo de tela de um aplicativo em funcionamento convence que isso é sério.
- O produto físico convence que você pode executar.
- As capturas de tela também são boas, mas podem parecer uma maquete – mover o produto na tela é melhor.
- Você pode mostrar um cliente real usando-o?
Fonte: https://ginotoro.medium.com/lesson-1-focus-on-the-problem-not-the-solution-e644307a1235
D) Tamanho do mercado
Nessa parte, você tem que deixar claro a relevância do seu problema e o tamanho do mercado por trás dele. Afinal, todos almejam um oceano azul e entrar em um oceano vermelho muitas vezes é extremamente arriscado e incerto.
Mostrar que você e sua equipe conhecem o mercado em que vão atuar demonstra foco, pesquisa e, consequentemente, gera mais confiança na sua audiência.
Justifique o porquê desse mercado ser quente e justifique a criação do negócio agora a partir da quantificação dos os seus potenciais clientes – você pode utilizar os instrumentos do TAM, SAM e SOM -, demonstrar as tendências de crescimento desse mercado e qual porcentagem você pretende alcançar em determinado tempo.
E) Modelos de negócio
Nessa etapa, é interessante responder as seguintes questões:
- Como você é pago?
- Qual é a oportunidade de crescimento?
- Como você pode escalar além do seu atual modelo: novas indústrias, territórios, aplicações de parcerias e tecnologia?
Podemos organizar os tipos de modelos de negócio em relação a dois aspectos:
- Tipo de cliente: pessoa física (B2C), empresa (B2B) ou governo (B2G)
- Tipo de solução: serviços, softwares, equipamentos ou produtos consumíveis.
Depois, é preciso entender como o seu cliente vai pagar pela solução:
- Contratação por serviço?
- Venda recorrente?
- Assinatura mensal ou anual?
- Venda direta?
- Aluguel?
- Venda de consumíveis?
Cite as maiores e mais promissoras fontes de receita.
F) Benchmarking
Esse é o grande momento para responder à pergunta:
Por que o seu produto é melhor do que o que já existe no mercado?
Nunca fale que não há concorrência! É praticamente impossível que alguém não tenha pensado em uma ideia parecida com a sua. A ausência dessa parte normalmente indica que a pesquisa por concorrentes foi malfeita ou que os correntes indiretos e/ou soluções alternativas não foram levados em conta. Isso demonstra falta de profissionalismo e superficialidade.
É necessário listar e pesquisar seus concorrentes, nacionais e internacionais a fim de comparar e posicionar o seu negócio no mercado que você apresentou.
Aqui, o importante é deixar claro os seus diferenciais:
- Tecnologia/Relacionamentos/Parcerias.
- Como você ajuda seus clientes a obter resultados de forma diferente à sua concorrência, ou às outras alternativas disponíveis no mercado?
- O que há de novo e inovador na sua solução?
- Mostre que pesquisou o mercado e sabe o que competição está lá fora.
Fonte: https://fi.co/pitch_deck
G) Modelo de Negócio: Expectativa de Faturamento e Métricas
- Quantos % do mercado vocês pretendem conquistar?
- Como fará isso?
- Quantos clientes isso representa?
- Qual o valor por venda do seu produto? (baseado em benchmarking e analise da concorrência).
- Quanto esperam de faturamento anual a partir desse cálculo?
Lembre-se que vocês serão avaliados por viabilidade financeira, escalabilidade, estratégia para aquisição de clientes, estratégia de monetização. Nunca se esqueça de mostrar as fontes e ter bom senso para escolher os valores de referência!
Se o seu MVP já estiver validado, já houve a testagem da sua solução com algum potencial cliente ou adquiriu qualquer forma de comprovação de que alguém pagaria pelo produto que estão desenvolvendo, também é importante colocar.
Este momento é super importante para conquistar os avaliadores, pois é quando você vai poder fazê-los sentir que, se não investirem ou não escolherem a ideia de vocês, estarão correndo risco de perder uma grande oportunidade! É o chamado “Fear Of Missing Out” (FOMO)
Fonte: https://natosoares.com.br/professor/o-que-e-canvas/
H) Founders & Advisors
Aqui você vai mostrar qual é o time responsável por executar tudo que foi discutido. Ao apresentá-los, a banca vai ser capaz de imaginar se você e o seu time possuem as capacidades necessárias para executar o seu modelo de negócio.
Aqui você deve responder:
- Quem são os fundadores?
- Estão engajados no projeto?
- Possuem complementariedade de habilidades para rodar o negócio?
- Que experiência e habilidades relevantes o seu equipe que apoia sua história?
- Marcas para as quais trabalhou? Conquistas? Sucesso de vendas?
- O que os une como pessoas e como empresários para resolver este problema?
- O que há de especial no caráter de sua equipe, que vai fazer você se destacar e ser memorável?
- Quem são os principais advisors que dão suporte a este projeto? São bem conectados? Possuem reconhecimento em sua área de atuação? Estão envolvidos no projeto?
Podem escrever 2 ou 3 linhas de mini-bio ou apenas utilizar o logo das instituições onde atuam/atuaram.
I) Agradecimento & Contato
Seja simpático no encerramento e se coloque à disposição para sanar dúvidas ou mandar informações adicionais.
Deixe claro o que você espera com aquela apresentação e o e-mail de contato e outras mídias sociais relevantes para o seu negócio.
E, aí? Preparado para montar seu pitch? Conte para gente nos comentários abaixo!
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