Você sabe quais são as fases de uma startup?
Já mencionamos nos artigos deste Blog o quanto o contexto do desenvolvimento de uma startup está envolto de incertezas e mudanças. Toda startup precisa de investimento em pelo menos alguma fase de sua existência.
A evolução de uma startup pode ser mensurada por meio de diversos mecanismos. Nesse artigo, dividiremos a trajetória de uma startup em:
- Pré-Seed
- Seed
- Série A
- Série B (e séries seguintes – série C, D etc)
- IPO e M&A
Pré-Seed: a fase de ideação
A fase de Pré-Seed pode ser definida no aprofundamento e pesquisa intensa sobre o problema e o mercado que deseja explorar. Nessa etapa, é importantíssimo colocar em prática a máxima “Apaixone-se pelo problema, não pela solução”.
Lembre-se que a ideação não é apenas um momento de ter ideias, mas sim de delinear os problemas – leia-se oportunidades – e identificar as soluções capazes de amenizar a dor do seu cliente. Portanto, o grande desafio é justamente validar as soluções, produtos e/ou serviços, que realmente agreguem valor ao seu público alvo, de modo a ter potencial para ser tornar um negócio com alta escalabilidade.
E quem financia a fase antes da consolidação de um negócio? O acrônimo inglês FFF (“Friends, Family and Fools”) responde a essa pergunta. Para a primeira turbinada nos negócios, muitas vezes, recorre-se a pegar dinheiro emprestado de amigos, parentes, mentores e de outras pessoas envolvidas.
Assim, a startup inicia com essa captação via FFF, ou, até mesmo, os próprios fundadores colocam determinada quantia para começar. Em seguida, os founders vão atrás de investidores capazes de emprestar determinada quantia de dinheiro que possibilite tocar o negócio: o investidor-anjo.
O investimento-anjo é a primeira rodada de investimentos de uma startup e tem como objetivo a testagem da tese do negócio, montagem do time capaz de executar e desenvolver a ideia.
Então, ao focar na fase preliminar de crescimento de uma startup, é preciso de investidores que topam arriscar, com a possibilidade de ganhar muitas vezes o capital investido.
Seed: a fase de validação
Seed se refere à fase em que a solução da startup deve ser validada no mercado. Nesse sentido, o grande desafio é justamente verificar se o produto e/ou serviço oferecido realmente será aprovado por aqueles que irão consumí-lo.
Para isso, utiliza-se a ferramenta do MVP, ou seja, o Produto Mínimo Viável. Ele pode ser definido como a versão mais simplificada de um produto e/ou passível de ser lançada aos clientes. Como característica marcante, o MVP possui funcionalidades básicas e em quantidade menor de esforço e desenvolvimento com o objetivo de realização de testes. Nesse momento, será comprovado se aquela solução será aceita ou não pelo mercado.
Não deu certo? Que bom, pelo menos, você e sua startup gastaram o menos recursos financeiros e de tempo para isso. Não tenha medo de errar. Confirme e teste suas hipóteses, confira sempre o ciclo de feedback, promova um processo de experimentação contínuo e não tenha medo de pivotar, ou seja, de mudar a sua ideia original.
Do ponto de vista operacional e financeiro, ppós o investimento anjo, há o Seed Money (investimento semente). Assim, é na fase de Seed que estão presentes os fundos de Venture Capital (VC), super anjos e crowndfounding.
Após essa fase, o investimento no negócio é oriundo de pelas rodadas de série A, série B e, eventualmente série C, série D e série E até que haja a abertura do capital (IPO).
Série A: a fase da estruturação do modelo de negócios
O grande desafio da etapa de uma startup na fase de Série A é validar o seu modelo de negócio. Nessa fase, já com uma base de usuários e com o MVP validado, é o momento do seu negócio testar novas ofertas de produtos e serviços.
Além disso, essa fase permite dimensionar a sua solução em diferentes mercados, delineando e reestruturando o modelo de negócios a cada vez que seja necessário.
O principal tipo de investimento nessa fase são as rodadas relacionadas ao Venture Capital (VC).
Série B: a fase da expansão do negócio
Na etapa relativa a Série B, a empresa já consolidada e com recursos já captados, vai focar na expansão do negócio, na aprimoração da gestão de processos, na atração e retenção de talentos para integrar a equipe e na expansão dos setores e departamentos que compõem o negócio.
O grande desafio dessa fase é confirmar e continuar a escalabilidade do serviço e/ou produto, de maneira a atingir um valuation maior que a das etapas anteriores.
Os aportes de investimento de venture capital podem chegar a alguns milhões e, muitas vezes, os próprios investidores contribuem para tornar o negócio cada vez mais escalável, seja pelo aprimoramento de processos, seja pela expansão do alcance no mercado, seja pelo auxílio em adquirir outras empresas que complementem a sua proposta de valor.
Pela lógica, após a Série B, ocorre a Série C, D, E e assim por diante. Esse fato demonstra que os fundos de VC continuam a acreditar no sucesso do negócio, aportando mais recursos financeiros.
IPO e M&A
O IPO é o sonho de muitos empreendedores. O IPO está relacionado à abertura da oferta pública, ou seja, a venda de ações da empresa diretamente na Bolsa de Valores a terceiros interessados em investir na empresa e sem que necessariamente haja vinculação entre as partes.
Ao dar entrada no processo de abertura de capital, a startup, agora uma empresa já totalmente consolidada, mostra ao mercado nacional e internacional o seu grau de crescimento e maturidade, de modo a ser necessário mais capital para dar continuidade ao seu desenvolvimento. No entanto, o IPO é um processo caro e burocrático, de modo que muitas vezes pode haver risco de perder o foco no core do negócio.
Além do IPO, uma outra “saída” para a startup é o M&A, a sigla para Mergers and Acquisitions, ou seja, Fusões e Aquisições. M&A está relacionado à realização de operações de compra e venda entra startups e/ou investidores. Muitas vezes, essas aquisições são estratégicas com o objetivo de adquirir talento e tecnologia, obter produtos e/ou serviços e adquirir os meios de distribuição. É importante salientar que o M&A pode ser feito por empresas de diferentes níveis.
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